O Preto-velho está geralmente ligado à vibração de Omolu - faixa vibratória da cura de doenças, ou seja, reconstrução dos corpos. Além do cachimbo, realizam benzimentos com ramos de arruda. Com um terço, rezam e borrifam água fluidificada - água acrescida de fluidos curadores. Com o fumo do cachimbo, baforam para a limpeza e harmonização de todas as vibrações.
Todo dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea para a abolição da escravatura no Brasil, é comemorado, na Umbanda, o dia do Preto-velho. Durante os cultos, os cânticos servem para saudar a presença das entidades e reforçar o seu poder durante os rituais espirituais a fim de envolver todos os participantes.
Os pretos-velhos, por vezes, se apresentam como nomes para individualizar suas ações, assim como acontecia nos tempos da escravidão. Naquela época, cada negro era denominado de acordo com as suas regiões de origem. Por isso, são fundamentados a partir de cada campo de atuação. Alguns mais comuns são: Pai Francisco do Congo - linha de Iansã; Pai Francisco de Aruanda - linha de Oxalá; Pai Francisco das Matas - linha de Oxóssi.
Os pretos-velhos são representados pelas cores preto e o branco, e o dia sagrado da semana é a segunda-feira.
O legado de um Preto-velho é a liberdade. Eles vêm para mostrar o quanto nós, humanos, somos prisioneiros das nossas próprias ilusões - consideradas, por eles, mais perigosas que a escravidão que os mantinham acorrentados.
Aqui, na Imaginário Brasileiro, você encontra algumas peças alusivas aos pretos-velhos. Rua Bispo Coutinho, Alto da Sé, Olinda-PE.